domingo, 27 de setembro de 2009

Dia de S. Eleger...

Estava um lindo domingo de sol. Eu e a minha namorada lembrámo-nos de ir almoçar e depois ir dar uma volta. Almoçámos pelos lados do Cais do Sodré e depois fomos passear ao Castelo de S. Jorge. A tarde foi extremamente agradável não só pelo clima, como também pela companhia. Entretanto lembrei-me de telefonar a um amigo que mora para os lados de Alfama para vir ter connosco. Conversámos sobre tudo e, inevitavelmente, sobre as eleições (já se perguntavam o que é que o título teria que ver com o texto não era?). Perguntou-me: Em quem é que votaste?
Reparem na pergunta. Não foi "foste votar?". Foi "em quem votaste?".
Lembrei-me de escrever este texto, não dedicado à vitória (ou não) do PS, ou à derrota do PSD, nem tão pouco em homenagem ao deputado eleito na Madeira (por muito que seja matéria de homenagem). Escrevi este texto em homenagem à abstenção.
De facto, é algo que não consigo compreender. Os cidadãos, os eleitores, estão descontentes com a política prosseguida em Portugal. Eu também estou. E o que fui fazer? Votar. Em quem? Em quem me apeteceu. Porquê? Porque não me identifico com a política do Sr. Eng.º José Sócrates. Para quê? Para o tirar do Governo. Consegui? Não. E porquê? Porque quase 40% da população portuguesa estava em casa a coçá-los. Mas tenho a certeza que nesta altura estão em casa a chamar nomes à mãe do Eng.º. Pois bem meus senhores. Não têm Direito de o fazer. Não cumpriram o vosso dever. Não deram voz ao vosso descontentamento. Eu imagino que seja complicado sairem de vossas casas e não abrirem a 15ª mini. Mas a verdade é que por cada pessoa que não vota, a percentagem dos principais Partidos aumenta. Caso queiram fazer um breve exercício mental, pensem assim: Se os 40% que não votaram se tivessem dado ao trabalho de o fazer, o PS não teria sido eleito com a percentagem com que o foi, pelo que os deputados eleitos seriam muito menos. Ou seja, haveria menos "vampiros" a quem pagaríamos ordenados através dos nossos impostos.
De facto, se tivessem votado em branco, menos "políticos profissionais" seriam alimentados com o nosso sacrifício económico.
Meus senhores, a questão é esta. Nós pagamos impostos. Eles são pagos com os nosso impostos. Nós elegemo-los e a partir dessa altura perdemos completamente o rasto do que é feito no nosso país. A altura em que voltamos a ter opinião política, excepção feita ao referendo, é 4 anos depois. É nessa altura que deveremos mostrar se concordamos com o destino dos nossos impostos, ou não.
Eu fui votar de manhã. Acordei quase ao meio-dia; tomei o pequeno-almoço; tomei banho (sim, é verdade); peguei no carro e dirigi-me ao local onde voto e... votei; fomos almoçar e depois passear. Ah... Ainda fomos ao pingo-doce (afinal, é domingo...), e depois voltámos para casa para jantar e aguardar ansiosamente pelo resultado das eleições, tal Benfica-Porto. No meio disto tudo, demorei 15 minutos para votar... Perguntam-me: e valeu a pena? Sim, valeu. O meu voto serviu para o PS ter menor percentagem. Poderão retorquir: Mas o PS ganhou na mesma. Ao que responderia: Sim, ganhou. Mas agora imaginem se os 40% de abstenção pensassem como eu...
Se poderia ter ficado em casa e não votar? Sim, poderia. Mas não seria a mesma coisa...

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O dinheiro não traz educação...

...Já me dizia a minha mãe... Na altura pensei que fosse algo que todas as pessoas com poucas posses (vulgo teso) dissessem, mas à medida que a vida foi passando, apercebi-me que é uma frase com bastante significado.
Passo a explicar...
Nesta data, eu e a minha namorada, celebramos um ano de "ajuntamento" ou "amantização". Por conseguinte, fomos jantar fora para comemorar. Jantámos num restaurante Japonês onde várias vezes celebramos datas especiais para nós.
Assim que entrámos no restaurante, uma mesa estava ocupada por seis pessoas, entre as quais o "comendador" Joe Berardo. Depressa nos indagámos sobre quem seriam as restantes, mas rapidamente chegámos à conclusão que eram meros vultos.
O jantar correu muito bem, ou não estivesse eu acompanhado da minha maravilhosa cara metade que, graças a Deus, afogou todo o ruído que à nossa volta se estabeleceu. De tal forma era o ruído que um outro casal se levantou das cadeiras onde estavam sentados e se dirigiram à sala das traseiras para aí comerem com algum sossego.
O restaurante não é barulhento, pelo contrário. O problema foi só e apenas um: o "comendador" e sus muchachos.
Para que entendam: conhecem de certeza o barulho que é produzido durante um qualquer jantar de uma turma do secundário num restaurante chinês com o tilintar de garrafas de Casal Garcia e licor de cobra... Aquelas seis pessoas conseguiam produzir bastante mais ruído...
De tal forma que no fim do jantar, a minha namorada chamou o empregado para que lhe relatássemos o desconforto de tal situação: O senhor desculpe, não sei se sabe quem está sentado naquela mesa, mas é alguém bastante relevante no plano económico deste país. Ao que responde o empregado: Pois, diz que sim. Mas o dinheiro não traz educação...
Peço desculpa, mas acho que ainda não perceberam... Estava uma muchacha com o "Jo" que parecia simplesmente que após ter estado em casa na árdua tarefa do auto carinho, se esquecera completamente de retirar o objecto de prazer do sítio do prazer...
Foi de tal forma que fui obrigado a comparar o senhor (ou o que é) com o arrumador de carros que minutos antes trocou um dedo de conversa connosco. E sim... Era mais bem educado o arrumador...
A minha namorada, numa tentativa de apaziguar os ânimos ainda me disse: Pensei que ele fosse mais gordo. Resposta: Pensei que ele fosse mais educado...
De facto não sei o que terá o senhor andando a fazer pelas Américas, mas acho que só aprendeu a palavra fuck. Ou isso, ou a conversa foi de um elevadíssimo interesse durante todo o jantar...
Como diria a minha mãe, "o dinheiro não traz educação..."